segunda-feira, 31 de março de 2008
O 2,5d de Chuck Jones
Quando eu resolvo pensar em desenhos animados como uma manifestação adulta de arte sempre me vem na cabeça algumas imagens e temas que eu via quando criança e persistiram na minha cabeça até hoje, de vez em quando eu procuro ir atrás dessas excentricidades que chegavam a mim de maneira completamente descompromissada e descubro coisas bem interessantes. Como o Chuck Jones que era um diretor de animação de Washington que atuou por mais de quatro décadas e quando resolvi conhecer a fundo, descobri que era o homem responsável por muitos desses desenhos que me cativavam. Ele trabalhou em diversos estúdios famosos sendo que seus trabalhos chegaram aqui no Brasil principalmente com os Looney Tunes da Warner e Tom & Jerry da MGM. Os curtas os quais ele colocou a mão tem uma nítida atmosfera bizarra que leva o espectador a uma outra dimensão dentro dos cartoons. Os cenários não são nem um pouco naturalistas, existem inúmeras interferências estéticas, os temas são bem característicos divergindo do habitual dentro das series famosas e culturas comportamentais como o jazz, o pop e a rotina trabalhista são expostas como graus de um termômetro do momento histórico das obras. O surrealismo característico das primeiras animações da humanidade são constantemente citadas na maioria das narrativas visuais dos desenhos de Jones e acaba servindo de liga para tudos esses e outros fatores. Vou postar três desenhos que ilustram bem tudo isso, um da série Tom & Jerry para mostrar como ele recriou completamente a leitura do tema, o outro é um curta para a Warner Bros que mostra como ele se comportava sob as regras dos grandes estúdios e o terceiro por ser uma animação independente feita com total liberdade por ele e acabou ganhando o Oscar daquele ano. (Click na imagem para o site oficial)
sábado, 1 de março de 2008
História Pornográfica
A Arte Erótica além da sua funcionalidade óbvia, trás também características que retratam o comportamento humano. Existem manifestações tão antigas dessa linguagem quanto as primeiras documentações da história do homem. A cultura ocidental, principalmente, estabeleceu uma característica moral a esse tipo de tema, que de certa forma obstrui o reconhecimento e o valor cultural inserido na pornografia. Eu fico receoso em postar conteúdos eróticos pela minha desaprovação ao marketing sexual, que também não deixa de ser um fato comportamental antigo e bastante esclarecedor, mas de qualquer forma eu acho que essa conduta desencadeia distúrbios sociais que eu não consigo tolerar. Eu tento selecionar ao máximo o conteúdo erótico deste espaço, dentro do que acredito ser valoroso e inofensivo. Esse site é um portal de arte erótica que coleciona imagens relacionadas á pornografia antiga, de alguns séculos atrás até os dias de hoje. As imagens retratam tendências, valores de estética e pensamento social. A abordagem é compromissada e regida pela beleza feminina. (click na foto para o site)
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O Humorístico-negro Articulador da Dúvida
Quando eu resolvi pesquisar sobre o Bill Hicks, eu procurava por um comediante de stand-up show. No primeiro vídeo que vi, percebi que de alguma maneira ele não se enquadrava nessa definição. Tudo bem que essa é a premissa pela qual a maioria o conheceu e por mais que o formato de suas apresentações seja claramente esse, pra mim a funcionalidade não se enquadra. São piadas, com a mesma construção técnica e os punch lines de sempre, mas a vontade de rir vem acompanhada de um grande espanto, como se nos fosse apresentada uma nova maneira de enxergar um fato isolado que por seu absurdo parece uma piada, mas por essa mesma qualidade ao ser constatada a realidade a coisa toda se torna chocante. Bill Hicks também era músico e teve uma vida conturbada dês de a infância, vale a pena entrar no wikipédia (cliquem na imagem) e checar os detalhes e curiosidades que formaram o caráter deste artista que morreu aos 33 anos de câncer pancreático. A baixo vídeos que eu acredito englobarem algumas qualidades do cara.
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Perdido na Casa Maluca
Eu conheci o Andy Kaufman no filme Man on the Moon do Milos Forman, fui assistir o filme por causa do Jim Carrey que como o conteúdo do filme na época eu gostava, mas não tinha maturidade pra indentificar sua importância artística. Do Jim Carrey eu falo em outro post esse é pro Andy. A algum tempo atrás eu revi o filme e decidi ir mais a fundo no que diz respeito aos feitos desse gênio louco com o qual tanto me admirei. O Andy Kaufman talvez tenha sido o cara que sozinho mais experimentou e revelou os recursos disponibilizados pelo show business nos EUA, suas performances expunham as entranhas do segmento em inúmeros níveis e formas, na metalinguagem, no questionamento moral, no jogo de influências e na funcionalidade. Sua história pessoal é menos romântica do que o modo que foi colocada na película, e muito mais angustiante. A quem diz que o Andy Kaufman foi o ultimo artista dadaísta, e que nem ele ao certo tinha domínio sobre suas performances. Eu concordo, e é triste saber que ele nunca vai pro quadro acadêmico de nenhuma universidade de arte. Aconselho que assistam os vídeos que estou postando e procurem entender mais o que ele fazia. (Clicando na imagem tem um link para um site bem completo sobre ele)
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De Niro Professor
Toda vez que vejo Táxi Driver eu me impressiono com a fluência do De Niro diante das câmeras, pela quantidade de filmes e tempo de carreira, hoje a maioria dos atentos a isso enxergam ele mais como um parente ou um conhecido no qual o mito de certa forma se sobrepõe à técnica. Nos filmes mais antigos que vemos o ator como o Corleone, o touro indomável ou mesmo o Travis Bickle conseguimos ver o quão intensa é a arte de um simples ator de Little Italy que transformou o cinema experimentando ao lado de alguns amigos do bairro, é legal vermos as coisas por esse ângulo, com um certo estranhamento e não nos deixarmos influenciar por estatuetas ou críticas de mérito social. Por mais que nesse vídeo ele já tivesse uma fama absurda, é extremamente claro o ponto o qual estou procurando expor. De Stanislavski a Pirandello acho que essa é a mais simples e completa explicação sobre o ofício do ator. Esse bichinho vermelho é o Elmo da Vila Sésamo, ele é foda támbem rs.
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